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Bem-Vindos!

Sou psicóloga brasileira e moro no Chile desde 2014. Trabalho na área clínica e educacional e, nos últimos anos, tenho me dedicado ao atendimento clínico de adultos, casais e famílias, principalmente atendendo a comunidade brasileira residente no Chile.

Sei que, para muitas pessoas, muitas vezes é difícil tomar a decisão de começar um processo terapêutico, especialmente quando estamos em outro país com uma cultura e idioma diferentes, e sentimos a necessidade de nos expressarmos em nossa língua materna.

Por isso, meu trabalho como psicóloga clínica oferece atendimento profissional, ético e responsável, proporcionando um ambiente acolhedor e personalizado em português e espanhol.

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Morar Fora e o Luto sem despedida

 

Você, que mora fora, provavelmente já se deparou com essa voz chamada medo que, de repente, sussurra em seu ouvido te lembrando que existe a possibilidade de perder alguém que amamos enquanto estamos em outro país. No consultório e no círculo de amigos escuto isso frequentemente e, acreditem, essa voz também vem até mim.

Acredito que esse é um dos maiores desafios e tabus daqueles que decidem viver em outro país: A perda de alguém e a possibilidade de não conseguir se despedir. Na nossa sociedade a despedida é um ritual cultural que nos ajuda a enfrentar o luto. A não despedida pode ser muito cruel, marcante e traumática, principalmente em tempos de Covid quando as famílias não conseguem dar o último adeus aos seus entes queridos.

Cada pessoa irá enfrentar e encarar essa perda de uma maneira diferente, vai depender de muitos fatores. O luto é um processo marcado por negação, raiva, barganha, depressão, aceitação. Com o tempo cada um encontrará o caminho da aceitação e ressignificação da sua perda.

Quando perdemos alguém é normal nos questionarmos, nos culparmos, nos julgarmos, sentirmos egoístas, nos perguntamos porque não fizemos mais e porque não aproveitamos mais, independente se moramos fora ou não, porque é uma perda irreversível. Por mais que saibamos que ninguém é imortal, nunca estaremos preparados para perder quem amamos.

Eu amaria ter uma receita de bolo para que cada um que esteja passando ou passou por isso saiba lidar com esse sofrimento tão grande da maneira muito menos dolorosa, mas não é possível. Porém, é importante entender que vai passar. Aceite o luto, não lute contra ele e não se cobre. Quando se sentir preparad@ fale sobre sua perda, fortaleça sua rede de apoio e, se para você é importante, crie seu próprio ritual de despedida, qualquer gesto que, para você, simbolize esse momento.

E se você conhece alguém nesta situação, seja a rede de apoio desta pessoa, ela pode estar se sentindo sozinha. Entregue uma palavra de conforto ou apenas seja um bom ouvinte.

Izabela Cichelero

Psicóloga Brasileira no Chile
Atendimento Presencial e Online

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