Morar fora e a Convivência com outros brasileiros
Conviver com brasileiros quando moramos fora? Eis a questão.
Sempre me perguntam se isso atrapalhará ou não o processo imigratório. Essa pergunta, geralmente, já vem acompanhada de uma visão estigmatizada trazida através dos olhos de outras pessoas, que vivem ou já viveram fora.
Eu acredito que não existe uma verdade absoluta ou uma dica de ouro. Vai depender muito do seu propósito. Indiferente o motivo que te fez mudar de país, se será definitivo ou não, você será o único que poderá avaliar essa questão.
Alguns estudiosos na área comentam sobre a interferência negativa no processo de mudança, principalmente para aqueles que tem como objetivo aprender o idioma e conhecer outra cultura de forma pontual, como um intercambio, por exemplo.
De acordo a minha experiência com imigrantes de diferentes nacionalidades, tudo é questão de EQUILÍBRIO e de etapas que vamos encarando quando moramos fora. Já escutei de pessoas que se arrependeram muito por terem estabelecido um limite muito rígido em relação à comunidade brasileira residente no país de acolhida, sentiram que o começo e a estada poderiam ter sido mais leves. Assim, como de pessoas que se arrependeram por não ter aproveitado mais a oportunidade de vivenciar o novo e ter saído da zona de conforto.
Seus conterrâneos podem ser uma fonte incrível de rede de apoio em todos os sentidos e possivelmente, uma ponte para sua adaptação com grupos de pessoas do país escolhido. Porém, também podem nao ser uma boa influência com relação às diferenças culturais, fazendo com que foque somente no que não parece bom, dificultando sua vivência e atrapalhando sua trajetória em outro país, te limitando em vários aspectos.
Nós, enquanto seres humanos, temos a necessidade de pertencer a um grupo. O autoconhecimento aqui é chave, dependerá do seu olhar interno e externo frente a sua vivência e seus objetivos.
Izabela Cichelero
Psicóloga Brasileira no Chile
Atendimento Presencial e Online
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